domingo, 6 de novembro de 2011

Dialeto paulista

dialeto paulistano é um dialeto do português brasileiro, pela primeira vez classificado pelo filólogo Antenor Nascentes. É falado nacidade de São Paulo e também na Região Metropolitana de São Paulo. Num estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Geraisem Belo Horizonte, o dialeto foi apontado por mais de 90% dos ouvintes como a pronúncia "mais correta" do idioma do Brasil. O estudo explica a grande aprovação do dialeto por parte dos entrevistados pela sua presença hegemônica nos meios de comunicação .A língua geral paulista é uma língua crioula formada à época dos bandeirantes paulistas no Brasil Colônia. Hoje, tem apenas interesse histórico, pois está totalmente extinta.
Originária da língua dos índios tupinambás localizados nas regiões paulistas da Região do Alto Tietê e São Vicente, passou a ser falada pelosbandeirantes a partir do século XVII, disseminando-se rapidamente por boa parte do Brasil. Dessa forma, tal idioma tornou-se corrente em locais onde esses tupinambás jamais estiveram, influenciando o modo de falar dos brasileiros. No tempo colonial, tornou-se a língua mais falada na porção meridional do Brasil, em muitos casos sendo necessário um intérprete entre a autoridade colonial portuguesa e o povo. Em fins do século XVIII, a coroa portuguesa, sob a gestão do marquês de Pombal, proibiu o seu uso, punindo severamente quem a utilizasse, impondo-se o idioma português

Dialeto nordeste

Os dialetos nordestinos (ouvir) são os falares da variante da língua portuguesa usada nos estados do Nordeste brasileiro, é o dialeto com maior número de falantes com mais de 53.078.137 sofrendo variações. Segundo a classificação proposta por Antenor Nascentes, esses dialetos, juntamente com os dialetos amazônicos, constituem o chamado português brasileiro setentrional, em comparação com as variantes do português faladas nos demais estados brasileiros.
O dialeto nordestino, entre outros dialetos compatriotas, pode ser dividido em dois grandes blocos. O primeiro bloco é formado pelos dialetos nordestinos setentrionais e os nordestinos meredionais (baianos ou nordestinos do sul).
O dialeto nordestino setentrional, é formado pelos dialetos nordestino do norte e do centro (central), além de abranger uma parte dodialeto nortista, que, na jurisdição da região Nordeste, passa a ser denominado meio-norte ou maranhense.

Dialeto mineiro

mineiro ou montanhês é o dialeto do português brasileiro falado na região central do estado de Minas Gerais. Essa variante, que ocupa uma área que corresponde aproximadamente ao Quadrilátero Ferrífero, incluindo-se a fala da capital, Belo Horizonte, é um dos dialetos mais facilmente distinguíveis do português brasileiro.
Ele deve ser diferenciado do dialeto caipira, que cobre áreas do interior de São PauloParaná e das regiões sul do próprio estado por receber influência do interior de São Paulo.O dialeto mineiro apresenta as seguintes particularidades fonéticas:
  • Apócope das vogais curtas: parte é pronunciado part' (com o "t" levemente sibilado).
  • Assimilação de vogais consecutivas: o urubu passa a ser u rubu.
  • Permutação de "e" em "i" e de "o" em "u" quando são vogais curtas
  • Aférese do "e" em palavras iniciadas por "es": esporte torna-se sportchi.
  • Somente o artigo é flexionado no plural, à semelhança do caipiraos livros é dito us livruMeus filhos se pronuncia meus filhu.
  • Contração freqüente de locuções: abra as asas passa a ser abrazaza.
  • Alguns ditongos passam a ser vogais longas: fio converte-se em fíi.
  • Algumas sílabas são fundidas em outras. -lho passa a ser i (filho ⇒ fíi), -inho converte-se em -inh (pinho ⇒ pinh).
  • "r" é pronunciado como uma consoante aspirada: rato.
  • Sonorização do "s" final antes de vogal.
A letra R no final das sílabas também possui uma sonorização única, similar ao R aspirado pronunciado no Rio de Janeiro, Norte e Nordeste do país.

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Dialeto gaúcho

dialeto gaúcho é um dialeto do português falado no Rio Grande do Sul, e em parte do Paraná e de Santa Catarina. Fortemente influenciado pelo alemão e italiano, por força da colonização, e espanhol e pelo guarani, especialmente nas áreas próximas à fronteira com o Uruguai, possui diferenças lexicas e semânticas muito numerosas em relação ao português padrão - o que causa, às vezes, dificuldade de compreensão do diálogo informal entre dois gaúchos por parte de pessoas de outras regiões brasileiras, muito embora eles se façam entender perfeitamente quando falam com brasileiros de outras regiões. Foi publicado um dicionário "gaúcho-brasileiro" pelofilólogo Batista Bossle, listando as expressões regionais e seus equivalentes na norma culta.
A fonologia é bastante próxima do espanhol rioplatense, sendo algumas de suas características a ausência de vocalização do "l" em "u" no final de sílabas, e a menor importância das vogais nasais, praticamente restrita à vogal "ã" e aos ditongos "ão" e "õe". Gramaticalmente, uma das características mais notáveis é o uso do pronome "tu" em vez de "você" (diferente do usado em São Paulo), mas com o verbo na terceira pessoa ("tu ama", "tu vende", "tu parte") porém não é raro ouvir a conjugação do "tu" correta. Outra característica é a forte entonação da última vogal nas palavras terminadas em "e" (por exemplo "leite", "frente"), diferentemente de outras regiões do país que trocam o "e" por "i" ("leiti", "frenti").

Dialeto carioca

dialeto carioca é uma variação linguística do português brasileiro, típica da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e outras cidades do Interior Fluminense com a mesma influência. Por conta do longo tempo que o Rio de Janeiro permaneceu como capital do Brasil, e pela continuada influência da Rede Globo, tem permanecido o dialeto brasileiro de maior difusão nacional.Apresenta uma estrutura fonológica dificilmente encontrada em outras regiões, sendo algumas das características peculiares ao dialeto fluminense o r aspirado no final de sílaba e a abundância de ditongos e de fonemas palatais fricativos, em detrimento dos sibilantes.
Os sons de s e z tornam-se palatizados quando não seguidos de vogal ou outra consoante fricativa alveolar.
O dialeto fluminense só não é utilizado em algumas cidades do sul do estado, onde o falar segue algumas influências de Minas Gerais eSão Paulo, estados vizinhos com grande presença de nascidos e de descendentes nesta região.

Dialeto cearense

dialeto cearense é uma variante do português brasileiro falada no estado do Ceará. Conta com aproximadamente 8,5 milhões de falantes no próprio estado, além de milhares de falantes de origem cearense em outras áreas do Brasil. Possui variações internas, principalmente na região do Jaguaribe e do Cariri cearense.
Os cearenses usam preferencialmente o pronome de segunda pessoa "tu", ao lado do pronome "você", mas ambos sempre com conjugação na terceira pessoa do singular. O uso de um ou outro pronome está relacionado, no Ceará, ao nível de intimidade entre os interlocutores conjuntamente com a simetria ou assimetria do papel social exercido por eles, determinando o claramente o uso dos três pronomes de largo uso no dialeto: "tu", geralmente pronome indicador de familiariedade; "você", ora usado com um traço formal, ora íntimo, a depender da situação; e "o senhor", reservado não só a pessoas de status superior, mas também àqueles com quem não se tem qualquer tipo de intimidade. Ao contrário do que ocorre no Rio de Janeiro, por exemplo, há sempre uma concordância entre "tu" e "você" e suas formas oblíquas e possessivas, mesmo entre as pessoas de mais baixa escolaridade. 

Dialeto caipira

dialeto caipira é um dialeto da língua portuguesa falado no interior do estado de São Paulo, norte do Paraná, leste do Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, sul de Goiás, no Brasil. Difere acentuadamente do idioma padrão brasileiro em sua estrutura fonológica, sendo algumas características "r aproximante alveolar  ou retroflexo ", a ausência de consoantes laterais palatais (lh), que são permutadas pela semivogal "i", a permutação do "l" de fim de sílaba por r, a apócope ou síncope em palavras proparoxítonas e a aféreseem muitas palavras. Possui numerosas expressões próprias, e, ao contrário do que acontece com a língua padrão do Brasil e dePortugal, o plural só é indicado em um substantivo ou adjetivo quando este não é determinado por um artigo, ex.: singular: casa; plural:casas; singular: a casa branca, plural: as casa branca.